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Publicado em 05/12/2025 15:08:41

IA tem ajudado nos cuidados com a pele

Com o avanço tecnológico, questões dermatológicas estão cada vez mais precisas
Imagem meramente ilustrativa (Foto: Canva)

Com o avanço da tecnologia, as questões dermatológicas estão cada vez mais precisas e personalizadas

Com o avanço da tecnologia, a Inteligência Artificial (IA) também está trabalhando como aliada em questões dermatológicas e a rotina de cuidados com a pele, tornando os tratamentos cada vez mais precisos, personalizados e acessíveis.

O dermatologista Lucas Miranda, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que os softwares baseados em IA conseguem avaliar textura, manchas, poros e sinais de envelhecimento, oferecendo uma visão complementar à observação clínica.

"Embora não substituam o raciocínio médico, esses recursos otimizam o rastreamento e podem facilitar a orientação inicial do paciente", garante.

 

É confiável criar uma rotina de cuidados com a IA?

Segundo o profissional, a IA pode gerar rotinas genéricas baseadas em dados fornecidos pelo usuário, como tipo de pele, idade, e imagens faciais. No entanto, essas combinações não devem ser interpretadas como uma rotina de cuidados individualizada.

"A prescrição de skincare envolve avaliação médica detalhada, conhecimento sobre a interação entre ativos, diagnóstico preciso e acompanhamento clínico. A IA pode auxiliar como ponto de partida, mas não substitui a conduta dermatológica, que continua sendo essencial", comenta.

Por meio de algoritmos de aprendizado profundo, a IA analisa características visuais da pele para sugerir possíveis classificações como acne, melasma, rosácea ou sinais de fotoenvelhecimento. Porém, esses sistemas dependem da qualidade do banco de dados com o qual foram treinados e não conseguem considerar nuances clínicas importantes.

Já a biomédica Thalita Herek, reforça ser essencial observar alguns outros critérios importantes. Segundo ela, a IA deve utilizar bases científicas atualizadas, respeitar limites de atuação — sem realizar diagnósticos médicos.

"O principal risco está em soluções sem curadoria técnica, já que ferramentas mal treinadas podem recomendar combinações inadequadas, como o uso simultâneo de ácido retinóico e ácido glicólico por iniciantes", acrescenta.

 

Como a IA cria essas rotinas?

Alguns sistemas integram dados adicionais como localização geográfica, clima, poluição, exposição solar, padrão de sono e hábitos de vida. Com isso, tentam adaptar sugestões gerais às condições ambientais e comportamentais do usuário.

"Essas informações não substituem a análise clínica, pois não consideram aspectos como doenças dermatológicas preexistentes, uso de medicações ou sensibilidades individuais, o que limita sua aplicação segura sem supervisão médica", comenta Lucas.

Tais ferramentas têm estimulado um comportamento de compra mais direcionado e imediato, com base em análises automatizadas da pele. O consumidor, ao receber sugestões de produtos por meio de apps ou dispositivos com IA, tende a buscar soluções rápidas. No entanto, essa abordagem pode levar a escolhas inadequadas ou à automedicação, caso não haja orientação profissional.

 

Os desafios técnicos que a indústria enfrenta

Conforme detalha Lucas, os principais desafios incluem a necessidade de validação científica rigorosa dos algoritmos, a representatividade de diferentes fototipos nos bancos de dados, e a garantia de segurança e privacidade dos dados pessoais e sensíveis dos usuários.

"Ainda há limitações na capacidade da IA em interpretar condições dermatológicas complexas, o que reforça a importância da integração com a prática médica especializada para garantir resultados seguros e eficazes", diz.

"Um paciente informado é um paciente mais engajado. Quando ele vê as imagens da própria pele, entende a importância de determinados cuidados e tratamentos. Tecnologias de análise facial com inteligência artificial aplicada ajudam a gerenciar expectativas, porque permitem mostrar resultados reais ao longo do tempo e como a pele pode reagir. Isso torna a relação entre médico e paciente mais transparente e fortalece a adesão ao tratamento”, completa a dermatologista Camila Salazar.

Fonte: CNN Brasil
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