Você tem uma empresa ou serviço na área da saúde? Apareça aqui.
PUBLICIDADE

Telefones úteis em caso de emergência

SAMU
192
Corpo de bombeiros
193
Brigada Militar
190
Publicado em 24/07/2025 18:51:57

Risco de disseminação global de Chikungunya

OMS identifica padrões semelhantes aos que precederam o surto de 2004
Imagem meramente ilustrativa (Foto: Canva)

De acordo com a OMS, padrão que precedeu epidemia da doença há 20 anos vem se repetindo desde o início de 2025

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre o risco de uma nova epidemia global de Chikungunya. O vírus, transmitido por mosquitos e conhecido por causar febre alta, dores articulares intensas e possibilidade de fatalidade, vem se espalhando com velocidade em várias regiões do mundo — um padrão que remete a uma epidemia registrada há 20 anos.

"Estamos vendo a história se repetir", afirmou Diana Rojas Alvarez, médica da OMS, durante coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça. A declaração refere-se ao surto que entre 2004 e 2005 teve início em ilhas do Oceano Índico e acabou se expandindo globalmente, infectando cerca de meio milhão de pessoas.

Desde o início de 2025, a circulação do vírus voltou a ganhar força nessas mesmas áreas. Estima-se que um terço da população da ilha de Reunião já tenha sido infectada. Mayotte e Maurício também enfrentam surtos significativos. O vírus se expandiu ainda para Madagascar, Somália, Quênia e países do sul da Ásia, como a Índia.

Na Europa, casos importados já foram registrados, ligados aos surtos nas ilhas do Oceano Índico. A França continental registra aproximadamente 800 casos desde maio deste ano e casos suspeitos também estão sob investigação na Itália.

A doença, embora raramente fatal, pode ser altamente debilitante. A taxa de mortalidade gira em torno de 1%, mas o número de óbitos pode ser expressivo diante de milhões de casos. "Quando você começa a contar em milhões, esse um por cento representa milhares de vidas", alertou Rojas.

Diante do avanço da doença, a OMS pede que países adotem imediatamente medidas de vigilância, prevenção e controle. "É essencial agir agora para evitar que o cenário se repita em escala ainda maior", disse a representante. Ela explicou que em regiões onde as populações têm pouca ou nenhuma imunidade, o vírus pode rapidamente causar epidemias significativas, afetando até três quartos da população.

O chikungunya (ou CHICKV) é transmitido pela picada de dois mosquitos, o Aedes agypti, comum nas cidades brasileiras, e o Aedes albopictus, mais restrito a locais cheios de vegetação.

Ao acessar a corrente sanguínea, o vírus consegue se multiplicar e afetar uma membrana que recobre as articulações. Daí as dores em dedos, pulsos e tornozelos, característica que ajuda a diferenciar a infecção de um quadro típico de dengue. Às vezes, esses sintomas persistem por meses ou até mais tempo.

Mas nem todo mundo sente algo: há quem seja infectado e passe ileso, sem perceber nada. O problema é que não dá pra prever quem vai reagir bem ou mal, então a prevenção deve ser levada a sério por todos.

Para conter a doença, as autoridades recomendam combater o criadouro do vetor, o mosquito Aedes aegypti — que tem menos de 1 centímetro, cor escura e listrinhas brancas no corpo e nas pernas. A fêmea, responsável pela picada, deposita os ovos infectados em depósitos de água parada, propiciando a multiplicação da espécie transmissora do chikungunya.

A boa notícia é que casos potencialmente fatais da doença são raros. Uma vez que o organismo debela o agente infeccioso, a pessoa se torna imune ao vírus para o resto da vida. No entanto, casos específicos podem evoluir para uma espécie de artrite crônica – uma condição debilitante.

 

Fatores de risco

- Exposição ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti
- Alta temperatura, umidade do ar e chuvas frequentes, que favorecem a multiplicação desse inseto
- Depósitos de água parada
- Baixa imunidade

 

A prevenção

Como ainda não há uma vacina contra o chikungunya, a maneira de evitar o alastramento da infecção é reduzir ou eliminar a presença do Aedes aegypti, o principal transmissor.

Deve-se manter vigilância constante e acabar com focos de água parada, ambientes propícios para o desenvolvimento do inseto. As medidas aconselhadas aqui são: manter tampados reservatórios, colocar areia em pratos embaixo de vasos de plantas, limpar calhas, não guardar garrafas, pneus ou qualquer outro vasilhame em lugares sujeitos a formar poças. Lixo acumulado é outro perigo a ser evitado.

Você também pode instalar telas nas janelas impedir a entrada dos mosquitos. Mas vale lembrar que o criadouro deles pode estar justamente dentro de casa.

Outra tática para afastar o Aedes aegypti, e, consequentemente, o chikungunya, é passar repelente no corpo. A orientação é fugir de fórmulas caseiras e investir nos produtos industrializados feitos com substâncias reconhecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Sempre siga as instruções de uso e reaplicação.

Fonte: Veja Saúde
dengue
aedes aegypti
chikungunya
zika
oms

CONTINUE SE INFORMANDO

Receba nossas notícias pelo WhatsApp